Desenvolvimento cognitivo no início da vida adulta (20-30 anos):
Como se formam os casais?
A formação de casais dá-se através de:
- Atracção inicial;
- Reforço da relação;
- Compromisso e intimidade;
Tendo sempre por base a negociação de fronteiras e os estilos de comunicação.
Intimidade vs Isolamento (18-30 anos):
Promiscuidade vs Exclusão
Nesta fase, o indivíduo depara-se com os “primeiros amores”. É por volta desta altura que o indivíduo estabelece relações afectivas …
A psicologia descreve o amor como um fenómeno cognitivo e social. O psicólogo Robert Sternberg formulou uma teoria triangular do amor e discutiu que o amor tem três componentes diferentes: Intimidade, Compromisso, e Paixão.
A Intimidade é a forma pela qual duas pessoas podem compartilhar segredos e vários detalhes de suas vidas pessoais. A intimidade é mostrada geralmente nas amizades e em romances românticos.
O Compromisso, de um lado, é a expectativa que o relacionamento irá durar para sempre.
A última e a mais comum forma do amor são atracção sexual e Paixão.
Durante o amadurecimento de um relacionamento esses três pilares aparecem em maior ou menor grau. De acordo com o autor, um relacionamento baseado em um único elemento tem menos chances de sobreviver do que um baseado em dois ou mais.
Nesta fase há um confronto com a Paternidade. Os adultos têm que aprender a educar e a serem educados; a (re)interpretar tudo o que lhes é transmitido, constituindo assim um ponto de partida para uma nova etapa da sua vida.
Apesar de no inicio o casamento parecer correr às mil maravilhas, muitos homens e mulheres sentem pânico quando o assunto “casamento” se torna umaa ideia de estar presa a uma única pessoa, quando se deparam com as responsabilidades de se ser pai/mãe, com os conflitos entre esposa/marido, com as diferentes opiniões, etc. é por isso que também é nesta fase que regista o maior número de divórcios.Desenvolvimento do adulto e o trabalho (20 - 60 anos)
A tipologia de interesses vocacionais de J. Holland, hegemónica no campo da psicologia vocacional, considera a escolha da carreira como expressão directa da personalidade. O modelo propõe seis tipos de interesse ou factores de personalidade vocacional:
- Realista;
- Investigativo;
- Artístico,
- Social;
- Empreendedo;
- Convencional.
Holland sugeriu que as preferências vocacionais estão relacionadas às diferenças em capacidades e disposição para fazer transições de carreira. O mercado de trabalho actual requer profissionais adaptáveis e capazes de gerenciar as suas carreiras. Estes comportamentos podem ser descritos através dos conceitos de comprometimento e entrincheiramento de carreira. O comprometimento inclui a identificação com o trabalho e o planeamento da carreira. O entrincheiramento refere-se à imobilização do sujeito numa ocupação devido à falta de alternativas de carreira e ao medo da mudança. Adultos na meia-idade são propensos ao entrincheiramento devido à restrição das suas oportunidades de crescimento profissional neste período. É também nesta época que surgem as preocupações generativas. A generalidade significa o envolvimento do indivíduo com o bem-estar das próximas gerações e o seu desejo de ser lembrado na posteridade.
Diferenças de personalidade têm sido associadas à adaptabilidade de carreira e à generatividade. A generatividade correlaciona-se positivamente com o comprometimento e negativamente com o entrincheiramento. Pessoas convencionais revelam menor generatividade em comparação com artísticas, sociais e empreendedoras. Na idade adulta média, pessoas investigativas mostram maior entrincheiramento do que empreendedoras e realistas. Pessoas empreendedoras mostram maior planeamento de carreira do que realistas e sociais. A adaptabilidade de carreira e a generatividade estão relacionadas a pessoas com interesse vocacional, corroborando a importância de factores de personalidade para o entendimento do desenvolvimento adulto. As implicações teóricas e práticas são discutidas.
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